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quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Djalma Filho é absolvido da morte de Donizetti Adalto após 24 anos

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O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Teresina absolveu na noite desta quarta-feira (27), o advogado e ex-vereador Djalma Filho, que foi acusado de mandar matar o jornalista Donizetti Adalto, que na época era candidato a deputado federal. O crime ocorreu em 1998 em Teresina, onde Donizetti foi espancado e morto a tiros, na avenida Marechal Castelo Branco, zona Norte da capital.

Jornalista Donizetti Adalto foi morto em setembro de 1998 — Foto: Reprodução/Youtube

O julgamento, feito pela 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, teve início às 9h30 da quarta-feira (27) e se estendeu por todo o dia, encerrando por volta das 21h, em sessão presidida pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto.

O juiz destacou que o Ministério Público pode recorrer da decisão. Na votação, o júri reconheceu a materialidade do crime, mas o ex-vereador não foi considerado autor do fato.

Além de Djalma Filho, o Júri ouviu os motorista Fabrício de Jesus Costa Lima e Sérgio Ricardo do Nascimento Silva, e os policiais civis João Evangelista de Meneses, o ‘Pezão’ e Ricardo Luís Alvez de Sousa, que também são acusados de participação no crime, e testemunhas de defesa e acusação.

Em seu depoimento Djalma se defendeu das acusações e disse que não são verdadeiras. “O peso dessa acusação na conta de todo mundo é de 23 anos, sabe como é, eu conto excelência? Eu conto em dias, são 8.621 dias e noites que eu respondo por uma acusação injusta e improcedente, todas essas noites e dias eu não posso ter o remorso da culpa que eu não tenho, eu tenho o contrário, o peso da acusação por fatos que eu não fiz”, afirmou ao juiz Antônio Nollêto.

Djalma Filho em julgamento (Foto: Davi Fernandes/GP1)

O caso

Segundo a acusação do Ministério Público, baseada em inquérito da Polícia Civil do Piauí, Donizetti Adalto foi morto em uma emboscada, sem possibilidade de defesa. Ele foi alvejado com vários tiros a queima roupa e, ainda agonizando, foi torturado, o que lhe causou traumatismo nas unidades dentárias.

Naquele ano, o jornalista, candidato a deputado federal, fazia dobradinha com Djalma Filho, que disputava uma vaga para a Assembleia Legislativa.

As provas colhidas pelo órgão ministerial indicaram Djalma Filho como mandante do crime.

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