Com a chegada das principais festas de fim de ano, e por conta da queima dos fogos de artifícios, muitos tutores de animais e de pessoas com deficiências têm dificuldade em promover saúde e bem-estar de todos em casa. O incômodo acontece por conta do barulho, causando estresse, ansiedade e as reações a essa agitação, podendo chegar às convulsões e morte dos pet’s.
O médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Gerson Tavares, explica que as reações de medo e nervosismo em pet’s se deve ao fato de cães e gatos terem a audição mais apurada que a dos humanos, fazendo com que esses animais sejam mais sensíveis aos barulhos. “Não é raro casos de animais que se entocam em guarda-roupas, debaixo da mesa, pulam nos braços dos donos e até urinam. É o instinto de tentar se proteger dessa ameaça, já que a audição deles é bem mais aguçada. Infelizmente, também tem os casos dos bichinhos que fogem de casa na angústia dos fogos. E, ainda que seja temporário, os animais ficam agitados e traumatizados após o espetáculo de bombas”, pontua Gerson.
Em casos mais graves, o médico veterinário explica que os animais que já têm alguma doença preexistente podem ter convulsões e desmaios. Se não houver um tutor para auxiliar nesse momento crítico, o animal pode morrer. “Ao procurarem abrigo, por conta do estresse e agitação do barulho, cães e gatos podem se machucar na fuga. E, por estarem agitados, a temperatura do corpo sobe bastante, com eventuais vômitos e diarreia. De forma mais grave, caso o bichinho tenha alguma patologia, os fogos podem desencadear crises convulsivas e desmaios, surgindo aí até risco de morte se não houver acompanhamento”, finaliza Gerson Tavares.
Algumas medidas são bem-vindas a fim de proteger os animais do som de alta intensidade. Ficar junto ao animal em local fechado é o primeiro passo. Procurar ligar tv ou rádio pode criar um ambiente confortável, pois é um som já conhecido, além de agir naturalmente, demonstrando calma e segurança. Se ainda assim houver muito estresse, é indicado ao tutor a visita ao médico veterinário para a receita de medicamentos de controle da ansiedade.
