
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou, nesta terça-feira (4), o aumento do salário do governador Romeu Zema (Novo) em quase 300%. Com a aprovação, o salário de Zema passará de R$ 11,5 mil para R$ 41,8 mil. A votação foi marcada por protestos de servidores públicos do estado que estavam presentes no local.

A proposta de aumento foi enviada pelo próprio governador e aprovada por 45 votos a favor e 20 contra. Além do salário de Zema, também foram reajustados os vencimentos do vice-governador e dos secretários estaduais. O vice-governador, Paulo Brant, terá um salário de R$ 29,3 mil, enquanto os secretários estaduais passarão a ganhar R$ 23,5 mil.

O líder do governo na Assembleia, Gustavo Valadares (PSDB), defendeu o aumento e afirmou que os salários estavam defasados há mais de 10 anos. Segundo ele, o reajuste visa a valorização do serviço público e dos servidores.
Por outro lado, os deputados de oposição criticaram a proposta e afirmaram que o estado está passando por uma grave crise financeira, o que inviabilizaria o aumento dos salários dos governantes. O deputado Sargento Rodrigues (PTB) classificou a medida como “imoral” e “vergonhosa” em um momento em que a população está sofrendo com a falta de investimentos em áreas como saúde e educação.
Com a aprovação do aumento, o salário de Zema passará a ser um dos maiores entre os governadores do país. Atualmente, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é o que recebe o maior salário, com vencimentos de R$ 25,3 mil.