Governo quer elevar produção nacional de vacinas e insumos para o SUS

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Governo do Piauí

O governo brasileiro pretende que 70% das necessidades do SUS sejam produzidas no país em até dez anos. Isso inclui insumos farmacêuticos ativos (IFAs), vacinas, equipamentos médicos e outros materiais de saúde. Para atingir essa meta, o Ministério da Saúde está promovendo uma ação interministerial que busca investimentos em inovação, tecnologia e desenvolvimento regional. A ideia é aliar o crescimento econômico às demandas da saúde pública e às questões sociais do país.

Foto: Reprodução

Uma das ações previstas para concretizar essa agenda é a retomada do Geceis (Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde), formado por 20 órgãos públicos, incluindo ministérios, a Anvisa e a Fiocruz. O grupo irá atuar na construção e acompanhamento das ações para fortalecimento do complexo. Representantes da sociedade científica, sociedade civil, gestores do SUS, sindicatos e empresários também farão parte do grupo.

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O Geceis foi criado em 2008 e extinto em 2019, mas foi reativado em setembro de 2022 pelo então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A falta de insumos durante a pandemia, como o IFA para a fabricação de vacinas, evidenciou a dependência do país em relação às importações. Apenas 5% dos insumos são produzidos no Brasil, enquanto os outros 95% são importados da China e da Índia.

Até os anos 1980, o país produzia 50% dos IFAs consumidos. No entanto, a queda das proteções tarifárias à importação de produtos no início dos anos 1990 levou à oferta de insumos asiáticos a preços muito baixos, o que dominou o mercado. A produção nacional de equipamentos médicos atende 50% da demanda, enquanto em medicamentos prontos o percentual é de cerca de 60% e em vacinas, um pouco acima. A meta é atingir 70% da produção local em todos esses itens.

A nova política tem como objetivo fortalecer a produção nacional de insumos de saúde e reduzir a dependência do país do mercado internacional. Isso é visto como crucial após a pandemia, que demonstrou a importância de ter uma indústria local forte em saúde. A agenda do Complexo Econômico Industrial da Saúde no Brasil visa alinhar a saúde pública com a economia e as questões sociais do país.