
às 11:48

Atividades de turismo enfrentam dificuldades em meio à retomada dos negócios no país. Trata-se da escassez de mão de obra especializada. O quadro desafia o preenchimento de parte das vagas de trabalho disponíveis em empresas como agências de viagens e hotéis.
Segundo analistas e empresários, a situação pode ser associada aos efeitos da pandemia. Com a crise sanitária, em 2020, a demanda por atividades turísticas despencou, e trabalhadores amargaram demissões em massa. A partir da vacinação contra a Covid-19, o cenário foi invertido. A procura por viagens reagiu nos últimos meses e estimulou recontratações. A questão é que, ao longo da crise, parte dos profissionais já treinados teve de migrar para outras atividades em busca de renda.

Uma parcela do grupo ainda não voltou para o ramo de turismo. E talvez nem retorne tão cedo. Vem daí o descompasso, já que determinadas funções exigem algum nível de especialização. É o caso dos operadores de viagens. Esses trabalhadores são responsáveis por montar os pacotes turísticos, indica Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo).
“São profissionais que precisam ter conhecimento sobre as viagens, sobre os passeios disponíveis, sobre as opções de hotel. No caso das viagens internacionais, também tem a questão da língua estrangeira. É uma função que tem sido difícil de recolocar”, diz. “A gente não vendeu mais nos últimos meses por causa da dificuldade para contratação de mão de obra especializada.”
De acordo com empresários, agências vêm apostando em treinamentos, mas essas tarefas muitas vezes são consideradas complexas.
Fonte: Folhapress