Rede Nacional de Combate ao Câncer lança campanha Preciso Viver 2023 com foco na saúde mental do paciente oncológico

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Governo do Piauí

A Rede Nacional de Combate ao Câncer (RNCC) lançou a campanha Preciso Viver 2023, que acontece todos os anos em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer, 8 de abril. O tema deste ano é “Cuidados com a Saúde Mental do Paciente Oncológico”. O diagnóstico de câncer tem um impacto significativo na trajetória da pessoa que se tornará um paciente oncológico, surgindo medos, incertezas e desconfortos psíquicos e físicos causados pela doença e por seu tratamento. A preocupação em trazer o tema “Cuidados com a saúde mental do paciente oncológico” é justamente garantir a qualidade de vida e bem-estar, durante e após o tratamento do câncer, para o paciente e seus familiares.

Foto: Divulgação

A Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC-PI) no Piauí impulsiona a campanha com ações coordenadas nacionalmente e por meio de iniciativas locais. Várias questões precisam ser discutidas, reconhecidas e tratadas durante o processo terapêutico, principalmente por se tratar de uma doença que ainda apresenta preconceitos e estigmas mal esclarecidos que dificultam a procura por suporte psíquico dos pacientes, familiares e acompanhantes.

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Em um estudo amplo e significativo com 4,7 milhões de pacientes com câncer, 2491 pacientes cometeram o suicídio e o risco de suicídio foi 2,7 vezes maior nos primeiros 6 meses após o diagnóstico. Na doença depressiva, os sintomas são mais severos e prolongados, a anedonia (perda de prazer ou interesse em atividades habituais) é muito comum, os sentimentos de desespero, culpa e desesperança são pervasivos, as pessoas se isolam e a ideação suicida pode estar presente. Esse quadro requer tratamento seja psicoterápico e/ou medicamentoso.

Os principais fatores a serem verificados são: baixo interesse dos próprios pacientes em discutir questões emocionais, já que privilegiam os sintomas físicos; conhecimento insuficiente do tipo de apoio que podem receber; medo de ser rotulado; paciente aguarda que o oncologista aborde o assunto; e a fragilidade emocional propicia ou fomenta dúvidas e questionamentos com relação às suas crenças, como “o que eu fiz para merecer essa doença?”.

O país tem avançado muito em relação aos benefícios legais que oferece aos pacientes oncológicos, no entanto, ainda precisa garantir melhores estruturas, condições e profissionais das diversas especificidades da área de saúde para atender a demanda que a cada ano aumenta com o constante aumento de novos casos.

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