Os casos mais atendidos são de escorpiões.
às 10:38
A Coordenadoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) contabilizou um total de 466 ocorrências envolvendo animais peçonhentos em todo o estado durante o período chuvoso.
Os casos mais atendidos são de escorpiões, com 236 ocorrências, em seguida vem as aranhas, com 38 casos e por último as serpentes com 51 ocorrências apenas em 2023.
Segundo a coordenadoria, proliferação de insetos, que servem de alimento, lixo, e o acúmulo de água em seus abrigos forçam à locomoção desses animais. Por conta disso, é preciso ficar alerta em casa.
“Geralmente, os acidentes envolvendo animais peçonhentos ocorrem durante o ano todo, mas ficam mais evidentes nesse período das chuvas por conta da maior proliferação de acúmulo de outros insetos que servem de alimento para esses animais”, explicou o técnico da Coordenadoria de Vigilância Ambiental, Francisco Moraes.
Em 2022, dos 6.161 acidentes com animais peçonhentos registrados, em todos os municípios piauienses, 4.226 foram de pessoas picadas por escorpiões e 273 por aranhas.
O especialista explicou que o tempo frio e o descarte de lixo e entulho próximo a áreas residenciais são fatores que acarretam a proliferação desses animais.
“O lixo propicia à criação de insetos que atraem escorpiões e aranhas para as casas. É importante sempre manter os arredores das residências limpos de resto de construções, tocos de árvores e de mato, porque tudo isso propicia não só os animais peçonhentos, mas moscas e mosquitos que podem transmitir outras doenças”, pontuou Moraes.
Francisco orientou ainda que a população sempre evite manipular qualquer tipo de animal peçonhento. Em caso de picada, deve-se procurar, com urgência, uma unidade de saúde para ser iniciado o tratamento com o antídoto ou soro que corresponda à espécie, principalmente se a pessoa já estiver apresentando algum sintoma.
“Chamamos a atenção da população para o perigo do escorpião, principalmente em crianças e idosos. Às vezes, os sintomas são leves, mas para esses dois públicos, a situação pode se agravar, pois geralmente leva a um quadro de taquicardia e a pessoa pode até morrer por conta da reação ao veneno que é injetado”, enfatizou o técnico.
Por fim, o especialista orienta que a identificação da espécie que causou o acidente auxilia no diagnóstico tornando-o mais preciso para a aplicação do soro ou antídoto mais adequado. Recomenda-se que, se possível, a vítima leve uma fotografia do animal responsável pela picada.
Fonte: Portal AZ