Senadores ouvem Wellington Dias e defendem fortalecimento do Suas

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Governo do Piauí

O ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou de uma audiência pública no Senado para discutir ações que possam retirar o Brasil do Mapa da Fome, bem como o fortalecimento da classe média. 

Senadores ouvem Wellington Dias e defendem fortalecimento do Suas (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Durante a discussão, Dias sugeriu que órgãos públicos e privados usem o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) como uma ferramenta para contratação de trabalhadores, afirmando que isso poderia representar uma oportunidade para 27,5 milhões de pessoas em idade produtiva.

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“Que tal se nos contratos de Senado, Câmara, Executivo, Judiciário, estados, municípios e setor empresarial a gente for ao CadÚnico e ali abrir uma possibilidade para qualificar pessoas que querem apenas uma oportunidade? Entre as 55 milhões de pessoas do Bolsa Família, temos 27,5 milhões em idade de trabalhar, querendo trabalhar e empreender e não têm oportunidade. Ali vamos encontrar pessoas com ensino médio, ensino técnico, ensino superior e pós-graduação”, destacou.

A situação do Brasil em relação ao Mapa da Fome tem sido preocupante. Embora o país tenha saído do mapa em 2014, voltou a entrar em 2015 e a situação se agravou ainda mais com a pandemia da COVID-19 em 2020. 

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), são necessários três anos de avaliação para que um país seja retirado do Mapa da Fome. Atualmente, o Brasil registra cerca de 33 milhões de pessoas passando fome, o que significa que cerca de 28% da população não tem acesso a três refeições diárias.

O ministro destacou que o aperfeiçoamento do CadÚnico para Programas Sociais é uma das apostas da pasta para enfrentar o problema. Ele ressaltou que, em janeiro deste ano, 94 milhões de pessoas estavam registradas no CadÚnico, o que significa que quase metade da população do país, que está entre as dez maiores potências econômicas do mundo, vive na pobreza, sendo que 55 milhões estão em extrema pobreza. 

O ministro destacou que o país também precisa garantir condições para reduzir o número de pessoas em situação de pobreza extrema e crescer a classe média.

“O Brasil deve lançar nos próximos dias o Plano Safra. Ele precisa sair de um plano de liberação de crédito para um planejado sistema de segurança alimentar e nutricional. O que o Brasil quer produzir para exportar e o que o Brasil vai produzir para a mesa do povo brasileiro? Quais as medidas para que o que chega à mesa do povo brasileiro possa ter um preço razoável? Com esse desmantelamento que tivemos no sistema de armazenagem público e privado, o país termina exportando mais milho do que poderia e falta na mesa do brasileiro, que depois precisa importar coisa que a gente produz”, exemplificou.

Fonte: Agência Senado

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