O governador do Piauí, Rafael Fonteles, destacou nesta semana as principais ações do Governo do Estado no enfrentamento ao crime organizado, com foco na integração entre as forças de segurança e no uso intensivo da inteligência. Segundo ele, a estratégia estadual também envolve a modernização das normas e estruturas de combate a organizações criminosas, que vêm expandindo sua atuação para setores da economia formal.
Uma das operações recentes, conduzida em parceria com órgãos federais, identificou um braço financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) infiltrado no setor de combustíveis no estado.
“O crime organizado foi se aperfeiçoando ao longo do tempo. Ele não ficou mais restrito ao tráfico de drogas. Hoje há indícios de atuação em segmentos econômicos da sociedade, como postos de combustíveis e até no mercado financeiro”, afirmou o governador.
Rafael Fonteles ressaltou que o enfrentamento ao poder financeiro das facções é fundamental para reduzir seus impactos sociais e econômicos.
“Atacar essa cadeia criminosa, sobretudo no aspecto financeiro, é fundamental. É esse dinheiro que termina financiando a violência nas comunidades, além de causar concorrência desleal e prejudicar a economia como um todo”, pontuou.
Inteligência e integração
Para o governador, o sucesso no combate ao crime organizado depende essencialmente de inteligência e integração.
“É preciso estar um passo à frente. A inteligência das polícias Civil e Militar, da Polícia Federal e dos órgãos de investigação, como o Ministério Público, é essencial para desarticular esses grupos, que são altamente sofisticados. Mas também é indispensável a integração entre as forças, órgãos federais, estaduais, o Ministério Público, o Poder Judiciário e os fiscos estadual e federal. Sem essa articulação, não há sucesso nesse tipo de combate”, destacou.
Avanços legislativos e coordenação nacional
Rafael Fonteles também destacou o avanço de iniciativas nacionais voltadas à modernização da segurança pública. Entre elas, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública e a padronização da atuação das polícias em todo o país.
“A PEC é um passo importante, mas não é o único. Existem nove projetos de lei construídos de forma conjunta pelos 27 secretários de Segurança do Brasil, de diferentes partidos, o que mostra consenso sobre a necessidade de modernização das leis”, afirmou.
O governador também mencionou o Projeto de Lei Antimáfia, recentemente lançado pelo Governo Federal, que visa combater a infiltração de organizações criminosas na economia formal.
“Esse PL é fundamental para enfrentar a sofisticação do crime organizado, que passou a atuar em áreas legítimas da economia. Essa criminalidade sofisticada está sendo combatida com investigação, inteligência e aplicação da lei, e os resultados já começam a aparecer”, concluiu.

