
O deputado B. Sá (PP) defendeu na Tribuna da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram edifícios do Governo Federal para instigar um golpe militar contra o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele defende que anistiar é uma forma de o Brasil caminhar no sentido da pacificação.
Uma crítica levantada pelo deputado é das penas elevadas, exemplificando com o caso de uma mulher condenada a 14 anos por pichar a estátua da Justiça com um batom. B. Sá disse que a condenação teve pena superior à de pessoas que cometem assassinatos e àquelas que fazem parte do tráfico de drogas.

B. Sá defendeu que na história do Brasil a anistia foi aplicada em diversos casos, como às pessoas que eram contra a independência, e que ela trouxe a abertura de um novo momento, ajudando na pacificação. “É fazer com que o estado brasileiro volte à sua normalidade e que, como uma nação unida, se desenvolva e cure essa ferida”, disse.
O parlamentar afirmou que o grande causador das crises institucionais no Brasil é o Supremo Tribunal Federal (STF), o qual, segundo B. Sá, está em descrédito com a população ao deixar de se basear na imparcialidade e em julgamentos técnicos e tem atuado de forma política, invadindo competências, como a do Congresso Nacional.
O deputado Francisco Limma (PT), em contraponto, disse que a democracia permite discussão e questionamentos, mas que “não é razoável alguém não eleito querer tramar um plano para matar alguém que foi eleito com milhões de votos”.