A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão preventiva do agente penal Marcelo de Lima, acusado de assassinar a tiros o cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta no último sábado, 1º de abril. Em audiência de custódia realizada no domingo (02), o juiz Bruno Rodrigues Pinto decretou a prisão preventiva do suspeito. A defesa alegou legítima defesa, mas o juiz considerou a tese nula e afirmou que o comportamento de Marcelo, que tentou fugir da cena do crime, não é esperado por aqueles que agem de acordo com a lei.
O crime ocorreu após a partida entre Flamengo e Fluminense. Thiago e um amigo estavam em um bar próximo ao Maracanã, onde pediram duas pizzas. Segundo testemunhas, Marcelo teria tentado pegar uma das pizzas da mão de Thiago, o que gerou uma confusão e acabou com a expulsão do suspeito do estabelecimento. Pouco depois, ele retornou armado e atirou pelo menos nove vezes contra Thiago, que morreu na hora. O amigo de Thiago foi levado ao hospital.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro afirmou repudiar todo ato de violência praticado por seus servidores e vai abrir um Procedimento Disciplinar Administrativo para apurar o caso. O Fluminense, time de Thiago e seu amigo, lamentou profundamente a morte do cinegrafista e torce pela recuperação do amigo. Em nota, o clube afirmou esperar que os fatos sejam apurados com rigor e que o responsável seja punido. Thiago era cinegrafista e já havia trabalhado em produções para a Globoplay e outras plataformas de streaming.