
Mais uma aeronave utilizada para o transporte ilegal de garimpeiros e minérios foi incendiada na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, de acordo com informações divulgadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 12 de abril. A ação conjunta das Forças Armadas, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) resultou na localização da aeronave em uma pista de pouso clandestina localizada a cerca de 100 quilômetros ao sul de Boa Vista, em Roraima. Não foram encontradas pessoas no local.

A FAB destacou que somente aeronaves militares ou a serviço dos órgãos públicos envolvidos na Operação Yanomami, devidamente autorizadas, podem trafegar na região. Os corredores aéreos na Terra Indígena Yanomami foram desativados em 6 de abril para impedir o tráfego de aeronaves não autorizadas na área, e a destruição da aeronave encontrada na pista clandestina é uma continuação das ações de combate ao tráfego aéreo ilegal.

Essa não foi a primeira ação de policiamento na área após o fechamento do espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami. No dia 6 de abril, uma operação conjunta das Forças Armadas, Ibama e PRF já havia destruído uma aeronave em solo e efetuado a prisão de dois homens em uma pista clandestina de garimpo ilegal dentro da reserva.
Como parte dos esforços de combate ao tráfico aéreo ilegal, foi estabelecida uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) no espaço aéreo da Terra Yanomami, com a proibição do tráfego aéreo não autorizado. Aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas pela FAB estão sujeitas ao policiamento do espaço aéreo (MPEA), que inclui a identificação do avião, pedidos de mudança de rota e pouso obrigatório, tiros de advertência e os chamados tiros de detenção, disparados para provocar danos e impedir o prosseguimento do voo da aeronave transgressora.
A atuação das autoridades na Terra Indígena Yanomami busca coibir o tráfico ilegal de garimpeiros e minérios, que têm causado graves impactos ambientais e sociais na região.