Iniciada em 2006, a campanha “Ajude a salvar a Serra Vermelha”, liderada por ONGs do Piauí e do Brasil inteiro, volta a ganhar destaque na defesa da última grande floresta tropical do semiárido brasileiro, localizada no estado do Piauí. Com o apoio do Instituto Ecológico Caatinga (IEC), Rede Ambiental do Piauí (REAPI), Centro de Referência e Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD), Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI), o movimento busca agora o apoio do Ministério do Meio Ambiente para a criação de uma nova unidade de conservação federal entre os municípios de Morro Cabeça no Tempo e Curimatá, ambos na região sul do Piauí.
A área em questão é extremamente ameaçada pela expansão das carvoarias, e a criação de uma nova unidade de conservação federal na região seria uma forma de garantir a proteção da Serra Vermelha, uma das últimas grandes florestas tropicais do semiárido brasileiro. Caso seja criada, a Serra Vermelha será a quinta reserva federal no estado, que conta com os parques nacionais da Serra da Capivara, Serra das Confusões, Sete Cidades e Nascentes do Parnaíba.
A campanha já alcançou muitas vitórias em quase duas décadas de luta. Desde 2007, o projeto Energia Verde de produção de carvão vegetal foi paralisado pelo Ministério Público Federal (MPF). A campanha também levou o Governo Federal, em parceria com o Governo do Estado do Piauí, a preservar mais de 300 mil hectares da Serra Vermelha, incorporando essa imensa área ao Parque Nacional da Serra das Confusões, que agora conta com mais de 823 mil hectares, um dos maiores parques do Brasil. A retomada do movimento em defesa da Serra Vermelha é mais um passo na luta pela preservação de uma das últimas grandes florestas tropicais do semiárido brasileiro.
