
O Comitê de Segurança Nacional do Paquistão anunciou nesta sexta-feira (7) que planeja lançar uma nova operação nacional para combater militantes radicais no país.

A medida pode ser custosa para o país, que já está enfrentando crises econômicas e políticas. Analistas afirmam que a operação também pode ser usada como pretexto para adiar eleições provinciais que estão previstas para o próximo mês.

Desde novembro, o país está em um programa de resgate do Fundo Monetário Internacional e corre o risco de dar calote em sua dívida. Enquanto isso, uma disputa política se desenvolve entre o governo e o ex-primeiro-ministro, Imran Khan. A nova operação nacional seria uma tentativa do governo de demonstrar vigor e determinação no combate ao terrorismo, que tem crescido no país nos últimos meses.
O Paquistão, país com armas nucleares e 220 milhões de habitantes, tem sido alvo de ataques de militantes, especialmente desde que as negociações com o grupo militante paquistanês Tehreek-e-Taliban foram interrompidas no ano passado. A nova operação nacional tem o objetivo de erradicar a ameaça do terrorismo no país com todo o governo e a nação envolvidos.
No entanto, a medida enfrenta críticas de que o governo está usando o combate ao terrorismo como pretexto para adiar as eleições e evitar a perda de poder. Alguns analistas afirmam que a nova operação pode acabar sendo uma repetição de operações anteriores, que não foram efetivas em combater o terrorismo no país.