
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi convidado pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, para participar da cúpula do G7, que acontecerá em Hiroshima entre os dias 19 e 21 de maio.

Durante uma conversa por telefone, na noite desta quinta-feira, o convite foi oficializado. O G7 reúne os países mais industrializados do mundo e é formado pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Itália, França e Alemanha, além do Japão. O colegiado costuma convidar países em desenvolvimento para as reuniões, e o Brasil participou das cúpulas do G7 de 2004 a 2009, durante os dois mandatos de Lula. Essa seria a primeira participação do país na reunião desde então.

Durante a conversa, Lula e o primeiro-ministro discutiram a conjuntura internacional nas Américas e na Ásia, além da guerra na Ucrânia. Lula tem tentado juntar países para discutir a paz e buscar uma solução para o conflito. O primeiro-ministro expressou uma “expectativa pelo papel ativo de Lula na reunião” e os dois concordaram em fortalecer ainda mais a relação entre Brasil e Japão. “Acredito que a confiança e a amizade estabelecidas através da conversa telefônica entre os líderes servem como a base para o fortalecimento das relações bilaterais”, escreveu o embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji.
Antes da cúpula do G7, Lula embarca para a China na terça-feira, depois de cancelar a sua ida ao país asiático em razão de uma pneumonia bacteriana. Há, ainda, viagens organizadas para Portugal e Espanha no final do mês. A agenda de Lula na China é considerada uma prioridade para o governo brasileiro devido à importância estratégica do país, que é o principal parceiro comercial do Brasil, e para reforçar ao país a intenção do governo de inaugurar um novo momento das relações comercias com os chineses, desgastadas durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Durante a visita à China, Lula terá uma reunião bilateral com o líder chinês Xi Jinping, prevista para o dia 14 de abril. Na véspera, ele estará em Xangai onde deve participar de uma cerimônia simbólica de posse da ex-presidente Dilma Rousseff como presidente do Brics. Retomar os diálogos internacionais e colocar o Brasil em posição estratégica no diálogo internacional é uma das prioridades do presidente neste mandato, e as viagens à China, Japão, Portugal e Espanha são oportunidades para fortalecer a diplomacia brasileira e retomar as relações comerciais e políticas com esses países.