Fiocruz e instituto chinês assinam acordo de cooperação científica

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Governo do Piauí

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou um acordo de cooperação com a instituição chinesa CAS-TWAS Centro de Excelência para Doenças Infecciosas Emergentes (CEEID) para criar o Centro Sino-Brasileiro de Pesquisa e Prevenção de Doenças Infecciosas (IDRPC). A parceria é voltada para a prevenção e controle de pandemias e epidemias, incluindo a covid-19, influenza, zika, dengue, febre amarela, tuberculose, entre outras doenças. O acordo prevê a criação de uma sede em Pequim e outra no Rio de Janeiro.

Foto: Reprodução

O objetivo da parceria é desenvolver bens públicos de saúde global, como testes de diagnósticos rápidos, terapias, vacinas e fármacos. As conversas para a assinatura do acordo começaram antes de 2019, mas houve atrasos devido à pandemia e questões políticas. A mudança no governo federal foi a razão pela qual foi possível firmar a parceria agora e reaproximar os interesses de Brasil e China.

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Ambas as sedes terão pesquisadores dos dois países e estão previstos projetos conjuntos, como o desenvolvimento de novas vacinas, anticorpos terapêuticos e medicamentos para doenças infecciosas agudas e crônicas, além de colaborações em medicina tropical. O centro em Pequim funcionará no Instituto de Microbiologia, e no Brasil, ficará no prédio do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), ainda em construção, com previsão de entrega no final de 2024.

Os países estão transformando eventos que eram de curta duração, como as visitas de pesquisadores, em atividades permanentes, tendo cientistas chineses por longos períodos no Brasil e vice-versa. A China tem interesse especial na produção da vacina contra a febre amarela, enquanto o Brasil está interessado em ter acesso ao processo de produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), usado em vacinas como a da covid-19.

O Brasil e a China começaram a se aproximar mais no campo científico em 2017, com a visita de uma delegação liderada pelo cientista George Fu Gao, então diretor do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CDC/China). Na mesma ocasião, Gao e Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz na época, assinaram um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e tecnologia. Desde então, a comunicação entre os cientistas dos dois países aumentou, com a realização de seminários, artigos e intercâmbios acadêmicos.

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