A escola de samba Portela, fundada em 11 de abril de 1923 em Oswaldo Cruz, Madureira, Rio de Janeiro, completa 100 anos. A agremiação é conhecida por suas cores azul e branca e pelo símbolo da águia, e é a única a participar de todos os desfiles da cidade.

A Portela coleciona 22 títulos, sendo o último em 2017 após mais de três décadas de jejum. A escola tem em sua história sambas-enredo emblemáticos, como Lendas e Mistérios da Amazônia, Contos de Areia e Gosto que me Enrosco.
A escola de samba tem uma história rica, contando com nomes famosos do samba carioca, como Paulo da Portela, Natal, Candeia, Monarco, Paulinho da Viola e Tia Surica. A atual presidenta de honra é Tia Surica e o presidente em exercício é Fábio Pavão. Noca da Portela, compositor de sambas-enredo premiados no carnaval, afirma que a Portela é mais do que uma escola, é uma religião onde todos cantam e compõem no mesmo catecismo do samba, é uma tradição e uma grande família.
Aos 84 anos, Vilma Nascimento, porta-bandeira da Portela desde 1957, tem muito orgulho da escola. Ela afirma que vive para o carnaval e que mesmo após um acidente em que levou 32 pontos na cabeça, foi para a avenida cheia de pontos. A agremiação celebra o passado, mas também pensa na construção de novos capítulos vitoriosos na Sapucaí. Há três gerações de porta-bandeiras na família de Vilma Nascimento e Clarice Nascimento, sua bisneta de 15 anos, afirma que é portelense desde pequena e que a escola tem uma grande parte de seu coração.
O sambista e compositor Ciraninho, de 42 anos, diz que o segredo para a escola continuar empolgando na avenida é preservar os compositores e a Velha Guarda, olhando para a história centenária e levando os legados para frente, para que a Portela possa celebrar mais 100 anos de glória.