
A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) afirmou que prestará queixa na Polícia Civil contra Márcio Jerry (PCdoB-MA) por assédio. O episódio ocorreu durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, que recebeu o ministro da Justiça Flávio Dino. A parlamentar disse ter recebido um telefonema do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, com a garantia de que a legenda também fará uma representação formal contra o parlamentar no Conselho de Ética da Casa.

A sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrará com uma representação por quebra de decoro parlamentar e um pedido de cassação do mandato de Jerry.

A deputada disse estar em choque depois do contato físico que recebeu do deputado do PCdoB e não sabe como será o convívio com ele no plenário. Entretanto, Zanatta afirma que a defesa feita por Jandira Feghalli (PCdoB-RJ), que pediu para que ela fosse investigada por compartilhar as imagens no momento em que se sentiu assediada, a atingiu de maneira semelhante. Ela se sentiu duplamente violentada e questionou a atitude de Feghalli.
No início da tarde desta quarta-feira, Zanatta acusou Jerry de ter dado um “cheiro” em seu pescoço. Jerry, no entanto, negou ter assediado a colega. De acordo com o parlamentar, a bolsonarista teria congelado uma imagem no intuito de ferir sua honra. De acordo com Jerry, ele interveio em uma discussão entre Zanatta e Lidice da Mata (PSB-BA), para pedir respeito a parlamentar aliada.
Na manhã desta quarta-feira, Júlia Zanatta acusou Márcio Jerry de assédio. A parlamentar publicou nas suas redes sociais uma imagem de uma reunião que ocorreu nesta terça-feira. “Nunca dei liberdade para esse deputado e nem sabia qual era o nome dele, mas ele se sentiu LIVRE para chegar por trás de mim. A sorte que alguém pegou a cena ABSURDA!”, relatou em suas redes sociais. Procurada, a parlamentar disse que Jerry teria dado um “cheiro em seu pescoço”.
Zanatta afirmou que avalia junto à bancada do PL quais medidas legais serão tomadas. Os colegas da catarinense também repudiam o ocorrido. No Twitter, o deputado federal André Fernandes (PL-CE) prestou solidariedade: “As câmeras capturaram tudo. O assediador tem que ser responsabilizado urgente”, defendeu o bolsonarista.