Câmara do DF lança frente em defesa das religiões de matriz africana

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) lançou na última quinta-feira (6) uma frente parlamentar em defesa das religiões de matriz africana. A iniciativa tem como objetivo principal combater a intolerância religiosa e promover o respeito e a valorização das tradições e culturas afro-brasileiras.

Brasília (DF), 13/04/2023 – Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa e Proteção dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e das Religiões de Matriz Africana. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.

A frente será presidida pelo deputado distrital Fábio Felix (PSOL), que é conhecido por suas lutas em prol das minorias e já se destacou na defesa dos direitos dos praticantes das religiões de matriz africana. O deputado destacou que a criação da frente é uma conquista importante e necessária para enfrentar o preconceito e a discriminação que os adeptos dessas religiões ainda sofrem no Brasil.

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A frente parlamentar terá a participação de representantes de diversas religiões de matriz africana, como o candomblé, a umbanda e o batuque. O objetivo é que os membros da frente possam discutir e elaborar projetos e políticas públicas que possam contribuir para a promoção da igualdade e o respeito à diversidade religiosa.

A intolerância religiosa é um problema grave no Brasil e as religiões de matriz africana são frequentemente alvo de discriminação e violência. De acordo com dados do Disque 100, canal de denúncias de violações de direitos humanos, em 2020 foram registradas 148 denúncias de intolerância religiosa contra praticantes de religiões de matriz africana em todo o país.

A criação da frente parlamentar em defesa das religiões de matriz africana é uma importante iniciativa para combater essa realidade. Ao reunir parlamentares e representantes dessas religiões, a frente poderá promover ações e políticas públicas que ajudem a garantir o respeito e a valorização dessas tradições e culturas, além de conscientizar a população sobre a importância da diversidade religiosa e do combate à intolerância.

A iniciativa da CLDF também pode servir de exemplo e incentivo para outras câmaras legislativas e órgãos públicos em todo o país, que poderiam criar frentes parlamentares ou outras iniciativas em defesa das religiões de matriz africana e de outras minorias religiosas.