Brasileiras presas na Alemanha descrevem ambiente “desesperador”, diz advogada

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Governo do Piauí

Duas brasileiras, a veterinária Jeanne Paolini e a empresária Kátyna Baía, que foram presas em Frankfurt após terem as malas trocadas por drogas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, descreveram as condições da cela como “desesperadoras”, de acordo com a advogada Luna Provázio Lara de Almeida, que representa as duas no caso.

Na quarta-feira (5), a Justiça da Alemanha começou o trâmite para analisar a soltura das duas brasileiras
Reprodução/CNN

Segundo a defensora, as mulheres estão sofrendo muito e não estão bem de saúde física e mental. Elas esperavam um processo mais rápido para provar sua inocência.

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As brasileiras compartilharam com a advogada como tem sido a convivência com outras presas na cela, que incluem suspeitas de assassinato e tráfico. Elas se sentem ameaçadas por estarem cercadas por pessoas perigosas. A defesa das mulheres afirmou que a cooperação das autoridades alemãs tem sido rigorosa, embora tenham acesso ao inquérito policial emitido pela Polícia Federal, ainda não tiveram acesso aos vídeos.

Lara de Almeida explicou que, enquanto estão recebendo suporte adequado do Brasil, a justiça alemã é mais burocrática e rígida. Na quarta-feira (5), a Justiça da Alemanha iniciou o processo de análise da libertação das duas brasileiras, mas a defesa ainda aguarda a disponibilização dos vídeos que mostram as mulheres sendo enganadas pelos criminosos.

As autoridades alemãs estão buscando ter acesso às provas por meio do Ministro da Justiça do Brasil e do Itamaraty, que é o responsável no Executivo pela emissão de documentação relacionada a presos em outros países. Até que as provas sejam disponibilizadas, Jeanne e Kátyna permanecerão detidas na cela em Frankfurt.