
O Ministério da Justiça informou que todas as informações relacionadas à investigação da Polícia Federal sobre o esquema de troca de bagagem no Aeroporto Internacional de Guarulhos foram enviadas à Justiça alemã.

Duas brasileiras, Jeanne Paollini e Kátyna Baía, foram presas em Frankfurt após serem vítimas do esquema. A advogada das brasileiras, Luna Provázio, afirmou que a PF havia enviado apenas fotos do inquérito e um relatório às autoridades alemãs. O juiz e o promotor do caso exigiram o envio da íntegra do inquérito traduzido para o alemão.

Na operação “Iraúna”, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira, seis pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no esquema. Durante a investigação, os agentes identificaram o grupo que enviou 40 quilos de cocaína para a Alemanha através da troca de bagagens de passageiros. O bando retirava as etiquetas de bagagem despachada e colocava em outra que estava com as drogas.
As brasileiras presas em Frankfurt afirmaram que não sabiam da origem da cocaína encontrada em suas malas e que as bagagens não eram delas. A Polícia Federal constatou que não havia evidências de que as mulheres estavam envolvidas no transporte de drogas. No entanto, elas permanecerão presas preventivamente até que as provas cheguem às mãos da Justiça alemã.
A operação “Iraúna” foi realizada com o objetivo de combater a ação dos criminosos em trocas de bagagem. A Polícia Federal produziu provas e as encaminhou à Justiça alemã, mas o juiz e o promotor exigiram o envio da íntegra do inquérito traduzido para o alemão, além de vídeos. A advogada das brasileiras presas em Frankfurt apelou por urgência na resolução do caso pelas autoridades brasileiras e alemãs.
O Ministério da Justiça afirmou que todas as informações foram enviadas às autoridades alemãs e que está acompanhando o caso de perto. O esquema de troca de bagagem em Guarulhos é uma prática criminosa que vem sendo combatida pelas autoridades brasileiras, com o objetivo de coibir o tráfico de drogas.