Jerusalém enfrenta uma onda de distúrbios e violência que não mostra sinais de diminuição. Nesta terça-feira, Israel anunciou a suspensão das visitas de judeus e turistas ao complexo da mesquita de Al-Aqsa, conhecido no judaísmo como Monte do Templo, um local sagrado que tem sido um foco do conflito israelense-palestino há décadas. A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após conversas de segurança, e valerá até o final do mês sagrado muçulmano do Ramadã, previsto para 20 de abril.
A proibição de visitas de não-muçulmanos ao local não foi comentada imediatamente pelas autoridades palestinas, mas tem sido imposta por Israel em anos anteriores. No entanto, o ministro da Polícia de Netanyahu, o político de extrema-direita Itamar Ben-Gvir, denunciou a medida, afirmando que Israel não deveria se render aos “caprichos” do terrorismo.
Enquanto isso, a violência continua a aumentar na Cisjordânia ocupada. Nesta terça-feira, as forças militares israelenses informaram que dois homens armados palestinos abriram fogo contra um veículo em um posto do exército, e os soldados israelenses revidaram, matando os atiradores. O incidente ocorreu perto do assentamento de Elon Moreh, a leste da cidade de Nablus, uma área que tem sido frequentemente palco de confrontos.
O Ministério da Saúde palestino confirmou as duas mortes, acrescentando-se ao número crescente de palestinos mortos em ataques militares na Cisjordânia nos últimos meses. A escalada de violência israelense-palestina já dura mais de um ano, e as tensões estão aumentando, especialmente na Terra Santa, com o mês sagrado muçulmano do Ramadã e a Páscoa judaica coincidindo este ano.
Desde janeiro, mais de 90 palestinos, a maioria deles combatentes em grupos militantes, mas também alguns civis, foram mortos em confrontos na Cisjordânia, enquanto pelo menos 19 israelenses e estrangeiros também perderam a vida em ataques.
