Agro é maioria na lista suja do trabalho escravo, segundo ministério

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Governo do Piauí

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Economia, o setor agropecuário é o que mais aparece na chamada “lista suja” do trabalho escravo no Brasil. Dos 304 empregadores que constam na lista, 129 são ligados ao agronegócio, o que representa cerca de 42% do total.

Auditor fiscal do trabalho durante operação de fiscalização de condições de trabalho – Divulgação/Auditoria Fiscal do Trabalho

A lista suja é um registro mantido pelo governo que inclui empresas que foram flagradas explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão. As empresas que estão na lista são impedidas de obter financiamento público e sofrem outras restrições legais.

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Além do setor agropecuário, outros setores que aparecem com frequência na lista são o têxtil, a construção civil e a mineração. No entanto, segundo o Ministério da Economia, nos últimos anos houve uma redução no número de empregadores flagrados utilizando trabalho escravo.

O combate ao trabalho escravo é uma das prioridades do governo federal, que vem intensificando as ações para combater essa prática. Em 2022, o Ministério da Economia realizou 88 operações de fiscalização e resgatou mais de 2.000 trabalhadores em situação degradante.

Para os defensores dos direitos humanos, a lista suja é uma ferramenta importante para combater o trabalho escravo, pois expõe as empresas que se envolvem em práticas ilegais e as obriga a mudar suas condutas. No entanto, alguns setores empresariais criticam a lista, argumentando que ela prejudica as empresas e seus trabalhadores.

Independentemente das opiniões divergentes, a lista suja é uma evidência de que o trabalho escravo ainda é um problema grave no Brasil, que exige medidas efetivas para combatê-lo. O governo federal e a sociedade civil devem continuar trabalhando juntos para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e protegidos.