
Desde o último sábado (08/04), mensagens que tem circulado nas redes sociais com ameaças de massacre às escolas públicas de Teresina tem assustado e causado preocupação aos teresinense, tendo em visto os vários casos de ataques recentes. No entanto, as mensagens espalhadas não são verdadeiras e estão sendo investigadas pela Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI).

As mensagens divulgadas indicavam que haveria um massacre nesta segunda-feira (10/04) e na terça (11). Porém, as publicações são sobre ataques às escolas na zona Sul do Rio de Janeiro. A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) já iniciou apuração das denúncias em Teresina. A polícia do Piauí também investiga as informações para penalizar os responsáveis pela divulgação das mensagens enganosas.

“Nós já estamos monitorando essas ameaças que estão acontecendo desde o mês de março para cá. Toda a rede protetiva do Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Educação, estão envolvidas no monitoramento dessas ameaças. As escolas já estão orientadas, os gestores já estão orientados como devem conduzir. Nossa orientação, inclusive, de toda a rede é para não fechar as escolas, manter o funcionamento. Porque o intuito dessas mensagens é realmente causar pânico e suspender as aulas”, informou o comandante do policiamento escolar (CIPE), capitão Carmos.
O comandante do policiamento escolar também orientou que os pais monitorem seus filhos para que não compartilhem as mensagens enganosas, tendo em vista que muitas mensagens divulgadas são de outros estados.
“Nós orientamos as famílias acompanhem seus filhos, monitorem as redes sociais dos seus filhos, não deixem muito solto, porque quem está fazendo essas postagens tem á fazendo essas postagens tem á fazendo essas postagens tem á fazendo essas postagens tem famílias. Então, essas famílias precisam também fazer o monitoramento dos seus filhos, dos estudantes. […] muitas dessas mensagens nem são daqui, do Piauí, são de fora”, alertou.
Os ataques têm sido corriqueiros no mundo inteiro. No Brasil, um caso recente que chocou o país foi o ataque a uma creche em Blumenau, Santa Catarina, no último dia cinco de abril. Durante o ataque, pelo menos quatro crianças foram mortas e uma ficou gravemente ferida.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informaram que estão cientes das informações que circulam nas redes sociais e tomando as seguintes providências:
•A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes Virtuais, está investigando as mensagens que circulam nas redes sociais;
•A Companhia Independente de Policiamento Escolar – CIPE intensificou as rondas no entorno e nas escolas da rede, além de realizar palestras com orientações para professores e estudantes;
•A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) orientou que todas as escolas registrem Boletins de Ocorrência sobre possíveis ameaças e/ou outras situações de violência;
•A Seduc convocou 54 novos psicólogos e assistentes sociais para compor as equipes multiprofissionais, que estão atuando na prevenção da violência e nas questões relacionais às competências socioemocionais nas escolas;
•A Seduc orientou todas as escolas a trabalhar o tema de bullying e violência por meio do Projeto Semana Presente, que acontece de 10 a 14 de abril em todas as unidades de ensino;
•A Seduc realiza desde 2020 o Projeto Estudar Pode Ser Leve, por meio do Canal Educação. A ação tem como objetivo a realização de palestras, rodas de conversas e atividades didático-pedagógicas envolvendo estudantes, professores e profissionais de diversas áreas que trabalham diretamente com as competências socioemocionais. O programa é transmitido semanalmente em dois momentos.
•A Seduc e SSP criaram um Grupo de Trabalho para articulação de uma rede protetiva para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, além da criação de um Plano para fomentar a Cultura de Paz nas Escolas.
•Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de informações de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino. As denúncias estão sendo recebidas por meio de formulário disponível no endereço: www.mj.gov.br/escolasegura. Todos os conteúdos enviados serão mantidos sob sigilo. A pasta deve investir R$ 150 milhões no apoio às rondas escolares e ações similares.