
O caso de Cássia Correa Avellar Barcellos, de 59 anos, que sofreu perfurações no intestino delgado e no fígado durante uma lipoaspiração realizada no Hospital Barra Plástica, no Rio de Janeiro, em março deste ano. A paciente permanece internada no Hospital Naval Marcílio Dias em estado grave, mas estável, e com sequelas. A família da paciente escolheu o médico Alberto Birman para realizar o procedimento cirúrgico após ele ter sido recomendado pela filha da paciente, a também médica Nicole Birman. No entanto, a família não sabia que o médico tinha seis processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro relacionados a erros médicos.

A cirurgia de lipoaspiração durou sete horas e a paciente apresentou fortes dores abdominais, além de desmaios e vômitos no pós-operatório. Apesar disso, o médico responsável pediu que ela permanecesse sob observação, mas ela teve que ficar mais um dia no hospital. A paciente não realizou exames de imagem ou tomografias no local. Após a transferência para o Hospital Naval Marcílio Dias, foi constatada uma infecção generalizada em diversos órgãos e a perfuração na alça do intestino delgado e no fígado. Alberto Birman visitou a paciente no hospital, mas sem informar a família. Atualmente, ele está proibido de visitá-la.

A Polícia Civil está investigando o caso por lesão corporal e o estabelecimento foi notificado para esclarecer questões administrativas. Os responsáveis pelo procedimento cirúrgico serão ouvidos pela Polícia Civil na próxima semana. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica divulgou uma nota manifestando solidariedade às vítimas e suas respectivas famílias. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro também está investigando o caso.
O caso de Cássia Correa Avellar Barcellos levanta questões importantes sobre a escolha de profissionais médicos e a segurança dos procedimentos cirúrgicos. É essencial que os pacientes pesquisem bem sobre os profissionais médicos antes de escolhê-los para realizar procedimentos cirúrgicos, verificando suas credenciais e histórico de atuação. Além disso, é importante que as instituições de saúde adotem medidas rigorosas de segurança para garantir que os procedimentos cirúrgicos sejam realizados com a máxima segurança e eficácia possível. O caso também chama atenção para a necessidade de investigações cuidadosas em casos de erros médicos para garantir a responsabilização adequada dos envolvidos e prevenir futuros incidentes.