Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, revelou que sugeriu ao Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a ampliação da agenda de baixo carbono no Plano Safra.
Ela afirmou que apenas 2% dos recursos do Plano Safra são destinados à agricultura de baixo carbono e defende essa alternativa como uma das formas de ampliar a descarbonização no país. A ideia é transformar todo o Plano Safra em baixo carbono, totalizando R$ 400 bilhões em recursos que podem criar uma série de ações para incentivar os produtores.
Segundo a Ministra, produtores que mantivessem áreas de preservação permanente, implementassem rastreabilidade dos produtos e tivessem certificações, por exemplo, poderiam ter uma redução significativa nos juros. A geração de energia limpa também poderia ser incorporada nessa agenda. A ideia é incentivar ações sustentáveis e responsáveis, que possam contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Marina também afirmou que pretende retomar em maio o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDam), que está passando por uma reestruturação. O objetivo do plano é combater o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável na região amazônica. A Ministra ainda destacou que o presidente Lula da Silva assumiu seu terceiro mandato com a promessa de que a sustentabilidade seria um dos pilares para a tomada de decisões no governo, e essa é uma oportunidade de colocar essa promessa em prática.