
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) divulgou um balanço de operações realizadas em todo o Brasil para combater crimes ambientais cometidos em unidades de conservação. As ações visam combater atividades ilegais como desmatamento, ocupações irregulares, caça e pesca ilegais. Entre as operações realizadas, destaca-se a que aconteceu no Parque Nacional do Grande Sertão Veredas, entre Minas Gerais e Bahia, que focou no combate à caça de animais e criação irregular de gado nos limites do parque. Foram apreendidas armas de fogo sem registro e munição, e atos de infração foram lavrados contra os suspeitos.

No Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, o ICMBio flagrou construções irregulares e a criação de animais e extração de palha de Indaiá. Apetrechos de pesca foram encontrados nas proximidades do parque. Os fiscais apreenderam e destruíram o material no local, além de descontinuar as ocupações no interior do parque, com a aplicação de autos de infração, ordens de demolição, embargos e apreensões. O ICMBio ressaltou que todos os registros são incompatíveis com o propósito da unidade, que está na categoria de proteção integral.

No Parque Nacional da Chapada das Mesas, localizado no Maranhão, três pessoas foram presas por transportar e comercializar madeira ilegalmente. Os agentes que participaram da Operação Chapada Limpa VII lavraram autos e emitiram duas notificações para retirar uma construção não autorizada na margem do rio limítrofe ao parque. De acordo com o ICMBio, os ilícitos ambientais cometidos no parque podem resultar em multas que, somadas, passam de R$ 200 mil.
Na Operação Semana Santa, realizada entre os dias 3 e 6 de abril, foram emitidos dois autos de infração pelos fiscais do ICMBio no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e na Floresta Nacional do Amapá, ambos punidos por porte de itens usados para caça ilegal. O objetivo foi combater a caça e a pesca ilegal nas duas unidades, ilícitos que, segundo o instituto, aumentam em períodos próximos à Semana Santa, quando aumenta o consumo de pescado.
A Operação Migração III, realizada na Reserva Biológica Abufari, no Amazonas, fiscalizou o interior da unidade de conservação e também embarcações que percorriam o Rio Purus. Dois autos de infração e um termo de apreensão foram lavrados na área terrestre, e mais de 6 quilos de peixes foram apreendidos nas embarcações. Mais de R$ 275 em multas foram aplicados, e os peixes foram doados a duas instituições sem fins lucrativos do município de Tapauá. Os fiscais vistoriaram também áreas com potencial de desmatamento.