Na manhã desta quarta-feira, 5, ocorreu um ataque a uma creche em Blumenau, Santa Catarina, que deixou ao menos quatro crianças mortas, de 5 a 7 anos, e outras cinco feridas. Com isso, o número de alunos e professores mortos em atentados a escolas no Brasil desde o início dos anos 2000 chega a pelo menos 40, em 18 casos registrados no período, totalizando mais de 70 feridos.
O levantamento é parte de um relatório apresentado durante os trabalhos de transição do governo federal, em dezembro, que não identificou casos ocorridos antes de 2002, quando um estudante de 17 anos disparou dentro de uma sala de aula em Salvador.
Até 2022, foram registrados 16 ataques a escolas no país, com 35 mortos e 72 feridos, sendo que somente no segundo semestre do ano passado foram quatro casos. Nos Estados Unidos, onde o número de casos é o maior do mundo, ocorreram 554 vítimas ao todo, com 185 mortos e 369 feridos em ataques violentos a escolas.
Um caso recente ocorreu em 27 de março, na cidade de São Paulo, quando a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, foi esfaqueada por um aluno de 13 anos de uma escola estadual na Vila Sônia, na zona oeste da capital. Outros três docentes e um estudante também foram feridos. Em parte dos casos de violência, há associação com símbolos neonazistas. Em Aracruz (ES), onde três professoras e uma aluna morreram no ano passado, o atirador usava uma suástica.