Amapá e Paraíba alcançam meta vacinal contra a pólio

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Governo do Piauí

O Projeto Pela Reconquista das Altas Coberturas Vacinais (PRCV), liderado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em colaboração com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), foi responsável por ajudar a Paraíba e o Amapá a serem os primeiros estados do Brasil a atingir a meta de vacinação de 95% das crianças contra a poliomielite em 2022. Os resultados desse projeto estão sendo divulgados em várias partes do país para guiar iniciativas semelhantes.

Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo.

Em entrevista à Agência Brasil, Lurdinha Maia, coordenadora da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos/Fiocruz, destacou que é necessário aproximar a atenção primária da coordenação de imunizações, engajar os municípios junto com as redes e envolver as lideranças comunitárias para obter resultados satisfatórios. Ela afirmou que a falta de integração entre a coordenação de imunizações e a atenção primária é um dos principais obstáculos na vacinação. Sem essa conexão, as salas de vacinação são sobrecarregadas e os trabalhadores não conseguem orientar a população sobre os calendários vacinais do Programa Nacional de Imunizações, prejudicando a busca ativa efetiva por quem não completou o esquema vacinal.

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Todos os municípios participantes do projeto fizeram seus planos de imunização, onde colocaram as metas, estratégias e formas de execução. A equipe do projeto agora acompanhará a implementação desses planos ao longo do ano para atingir as metas e manter os avanços. O autor principal do artigo publicado na revista científica com os resultados do trabalho é Akira Homma, assessor sênior de Bio-Manguinhos, que também coordena o projeto.

Em suas considerações finais, o artigo destaca que “não serão mobilizações pontuais ou campanhas de comunicação que se limitem a disseminar matérias e propagandas na mídia que conseguirão superar os desafios postos”, ressaltando a importância da articulação de ações estruturais e interinstitucionais, fortalecimento das políticas públicas e desenvolvimento de medidas de curto, médio e longo prazos.

Os resultados obtidos pelo PRCV mostram que é possível reverter as baixas coberturas vacinais no Brasil, desde que sejam implementadas ações estruturais e interinstitucionais. Em 2021, o Amapá foi o estado com menor cobertura vacinal contra a poliomielite, com apenas 44,2% de adesão, enquanto a Paraíba estava em melhor situação, com 68,4%. Depois da campanha nacional de 2022, apenas os dois estados que participaram do projeto alcançaram a meta de 95%. A vacina contra a poliomielite é essencial para manter as crianças protegidas contra a doença, que pode causar sequelas irreversíveis e até mesmo levar à morte. Mesmo após a erradicação da doença no país, as baixas coberturas vacinais colocam as crianças em r

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