
O presidente da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do América Mineiro, Marcus Salum, defendeu a contratação do lateral-direito Marcinho, anunciado como reforço do clube na quinta-feira (6/4). Marcinho foi denunciado por homicídio culposo de duas pessoas no Rio de Janeiro em 2020, após provocar um acidente de carro e fugir do local sem prestar socorro.

Salum afirmou que o América tem uma opinião diferente da torcida e que o jogador cometeu um erro pelo qual está pagando. Ele questionou se a grande virtude está em julgar sem ser juiz ou em dar a oportunidade para os jogadores jogarem no clube. O dirigente também destacou que o atleta é tecnicamente capaz e pode ajudar a equipe.

No entanto, Salum ressaltou que Marcinho errou e errou grave, e que tem que pagar pelo que fez. Ele disse que o jogador está pagando pelo erro, mas que a vida dele não acabou por causa disso. Salum argumentou que há coisas piores que não são punidas.
O lateral-direito foi denunciado por homicídio culposo e sua defesa pediu ao Ministério Público um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) para evitar o início do processo judicial. A medida é prevista em lei e realizada antes da aceitação da denúncia.
Marcinho foi contratado pelo Pafos FC, do Chipre, em junho de 2022, mas foi impedido de atuar fora do país pela Justiça. Em fevereiro deste ano, o atleta recebeu nova negativa para jogar no time. Ele estará vinculado ao Pafos, mas atuará por empréstimo no América até o fim da temporada.
A contratação de Marcinho pelo América Mineiro gerou reações divergentes da torcida, com alguns apoiando a decisão do clube e outros criticando a escolha. Alguns torcedores se manifestaram nas redes sociais e em protestos presenciais, enquanto outros demonstraram apoio ao jogador e confiança na capacidade técnica dele.