Associação divulgou uma nota após o novo corte no orçamento das universidades e institutos federais.
às 14:49
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), divulgou uma nota, na segunda-feira (28), após o novo corte no orçamento das universidades e institutos federais de ensino feito pelo Governo Federal.
De acordo com a associação, o Governo Federal teria aproveitado o atual momento de Copa do Mundo e, durante o jogo da seleção brasileira, retirou o dinheiro das contas das universidades, que são destinadas ao pagamento de luz, água e demais serviços prestados.
“Enquanto o país inteiro assistia ao jogo da seleção brasileira, o orçamento para as nossas mais diversas despesas (luz, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, bolsas, entre outros) era raspado das contas das universidades federais, com todos os compromissos em pleno andamento”, diz trecho da nota.
Ainda segundo a Andifes, o novo corte no orçamento inviabiliza o funcionamento completo das universidades e instituições federais. A associação ainda acusou o Governo Federal de “puxar o tapete” da Educação Superior no país.
“Essa nova retirada de recursos, estimada em R$ 244 milhões, praticamente inviabiliza as finanças de todas as instituições. […] O governo parece “puxar o tapete” das suas próprias unidades com essa retirada de recursos, ofendendo suas próprias normas e inviabilizando planejamentos de despesas em andamento, seja com os integrantes de sua comunidade interna, seus terceirizados, fornecedores ou contratantes”, acusa a Andifes.
O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) também se pronunciou acerca do ocorrido e afirmou que se preocupa com o funcionamento integral das instituições, que botará em risco os próprios estudantes.
“A assistência estudantil, bolsas de estudo, atividades de ensino, pesquisa e extensão, visitas técnicas e insumos de laboratórios, por exemplo, devem ser afetados. Tal situação deve impactar ainda em serviços de limpeza e segurança dos Campi”, diz o conselho.
Entenda mais
O Governo de Jair Bolsonaro (PL) iniciou o bloqueio de gastos obrigatórios do Orçamento Geral da União de 2022 e o Ministério da Educação foi a primeira pasta a ser afetada com um corte estimado em R$ 1,7 bilhão. As informações são da Esplanada do Ministério e foram divulgadas na segunda-feira (28).
O bloqueio atinge diretamente institutos e universidades federais nos serviços não obrigatórios como assistência estudantil e custeio dos campi – medida que afeta os terceirizados. Uma coletiva de imprensa será feita nesta terça-feira (29) com o objetivo de esclarecer os cortes.