Dados do senso do IBGE reveram diferenças significativas no nível de ocupação no mercado de trabalho entre homens e mulheres no estado do Piauí, levando em consideração a presença de crianças com até 6 anos de idade no domicílio.
De acordo com o estudo, em 2022, independentemente da presença de crianças no domicílio, os homens de 25 a 54 anos apresentaram um nível médio de ocupação no mercado de trabalho de 77,1%, enquanto as mulheres registraram um nível de ocupação de 53,9%.
No caso das mulheres do Piauí, com idades entre 25 e 54 anos e com crianças de até 6 anos no domicílio, o nível de ocupação no mercado de trabalho foi de 49,1%, um patamar inferior ao das mulheres sem filhos, que foi de 56,2%. Isso representa uma diferença de 7,1 pontos percentuais
Foto: IBGE
A pesquisa também revelou que, no Brasil como um todo, o nível de ocupação das mulheres com crianças de até 6 anos de idade foi de 56,6%, enquanto o das mulheres sem filhos foi de 66,2%. Essa diferença de 10 pontos percentuais evidencia que a existência de crianças para cuidar no domicílio leva uma parte das mulheres a não buscar uma ocupação no mercado de trabalho
Por outro lado, o estudo apontou um comportamento inverso para os homens do Piauí. Aqueles que possuíam crianças de até 6 anos de idade apresentaram um nível de ocupação no mercado de trabalho de 83,4%, enquanto aqueles sem filhos registraram um nível de ocupação de 74,3%. Isso representa uma redução de 9,1 pontos percentuais. No Brasil, o nível de ocupação dos homens com crianças de até 6 anos de idade foi de 89%, enquanto para aqueles sem filhos foi de 82,8%, uma redução de 6,2 pontos percentuais
Esses dados evidenciam que a presença de crianças no domicílio tem um impacto diferente na ocupação no mercado de trabalho de homens e mulheres. Enquanto para as mulheres a existência de crianças no domicílio reduz o nível de ocupação, para os homens essa presença aumenta o nível de ocupação.
Essas informações são importantes para compreender as dinâmicas de gênero no mercado de trabalho e podem contribuir para a formulação de políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades e a conciliação entre trabalho e família.
