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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Brasil e China estabelecem protocolo para exportação de produto de origem animal

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O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e a Administração-Geral de Aduanas da República da China assinaram um protocolo nesta sexta-feira (14) que estabelece requisitos sanitários e de quarentena para a produção de proteína processada de animais terrestres. Com isso, o mercado chinês se abre para a exportação desse produto brasileiro, utilizado na fabricação de ração para animais.

Foto: Beto Barata/PR

De acordo com o protocolo, os estabelecimentos brasileiros interessados em comercializar a proteína processada para a China deverão seguir sistemas eficazes de gestão de riscos e de rastreamento de qualidade. As inspeções nos abatedouros serão realizadas antes e depois da morte dos animais, garantindo a qualidade e segurança do produto.

Além disso, as matérias-primas utilizadas na produção da proteína processada deverão ser provenientes de animais que nasceram e foram criados em áreas livres de doenças como febre aftosa, peste suína clássica e africana, doença vesicular suína e influenza aviária. Os locais de abate também deverão ser oficialmente aprovados.

O Brasil é um dos maiores exportadores de farinha de animais terrestres, ficando atrás apenas de países da União Europeia, Estados Unidos e Austrália. A China, por sua vez, é o terceiro maior comprador desse produto. Portanto, esse acordo representa uma oportunidade importante para a indústria brasileira de proteína processada, possibilitando a abertura de um novo mercado e aumento das exportações.

Além do protocolo para a proteína processada, os dois órgãos também criaram o Plano de Trabalho Brasil-China de Cooperação na Certificação Eletrônica para Produtos de Origem Animal. Esse plano tem como objetivo avaliar a viabilidade de intercâmbio de dados relacionados à certificação eletrônica e promover ajustes nos sistemas usados nos dois países, determinando os modelos de certificados veterinários a serem utilizados. A certificação eletrônica pode trazer mais celeridade e segurança às transações comerciais entre Brasil e China, contribuindo para a ampliação do comércio de produtos de origem animal.

Esses acordos foram assinados durante a viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, onde foram firmados 15 acordos por diversos ministérios e órgãos dos dois países. Vale destacar que a viagem de Lula à China foi adiada devido a um quadro de pneumonia, mas parte da comitiva que chegou antes do presidente conseguiu avançar em pendências importantes, como o fim do embargo à carne bovina brasileira, que é o maior fornecedor desse produto para a China, representando 60% da produção brasileira vendida para o país asiático. Esses acordos fortalecem as relações comerciais entre Brasil e China e abrem novas oportunidades para o agronegócio brasileiro.

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