Quem rega a fêmea é bode,
Quem alimenta orgasmo é fogo,
Ao homem, insensatez traz a taça,
Na soberba do pouco que vaza…
Quem acumula gordura é porco,
Quem mata o coração excede,
O fogão consome a comida,
A chuva chega sempre intacta.
As casas sempre são magras,
As árvores sempre paradas,
O cavala que pasta o pasto,
O peixe alimenta e nada…
A vereda é sempre sinuosa,
Aponta pro fundo da mata,
É macarda por rastros que passam,
Em vida que se desfaz…
(Neto Karnissa)