Aeroporto de Teresina integra coalizão com associações e empresas de transportes do Brasil para reduzir emissões de CO2 do setor

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Foto: Divulgação

CEBDS, Insper e Grupo CCR, que administra o Aeroporto de Teresina, lideram movimento, que visa contribuir para o Plano Clima, com foco na COP30, em Belém.

Representantes da sociedade civil, da academia e da iniciativa privada oficializaram, no dia 26 de novembro, a formação de uma Coalizão inédita para fomentar soluções sustentáveis e acelerar a descarbonização do setor de transportes no Brasil. O movimento, liderado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), pelo Grupo CCR e pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Insper, foi anunciado durante a quarta edição do evento “Brasil Rumo à COP30”, uma parceria da Editora Globo com o Grupo CCR.

Para viabilizar a iniciativa, CEBDS, Grupo CCR e Insper engajaram uma ampla rede de atores, incluindo empresas, associações setoriais e organizações da sociedade civil. A ideia central é que, a partir de um amplo diálogo entre os diferentes segmentos do setor de transportes, a Coalizão elabore uma proposta conjunta de recomendações que ajudem o Brasil a avançar na redução da emissão de gases do efeito estufa em seis verticais: infraestrutura e interseccionalidades; mobilidade urbana; transporte rodoviário, transporte ferroviário; transporte aéreo e transporte aquaviário e cabotagem.

A intenção é contribuir com o governo federal na definição das metas de descarbonização que serão estabelecidas no novo Plano Clima, a ser apresentado à sociedade em 2025 pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

“Como reconhecimento da liderança do CEBDS e do esforço de suas associadas na incorporação da sustentabilidade aos negócios, fomos convidados pelo Embaixador André Corrêa do Lago, Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente, para contribuir ainda mais na busca por soluções para a descarbonização de cinco setores-chave da economia brasileira. Ao lado do CEBDS, nossa associada Grupo CCR assumiu o desafio de contribuir com a estratégia de redução de emissões do importante setor de transportes, para então fornecer subsídios assertivos para o governo formular sua política para a área. As empresas têm um papel fundamental no combate à mudança climática, e a Coalizão do setor de transportes, que é vital no nosso país continental, contribuirá de forma efetiva para este desafio global”, afirma Marina Grossi, presidente do CEBDS.

“Como maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, o Grupo CCR está ciente de sua responsabilidade de liderar a agenda setorial de sustentabilidade. Adicionalmente, reconhecemos a importância da COP30, que será realizada em Belém do Pará no próximo ano, especialmente depois dos resultados da COP29. Por isso, em colaboração com o CEBDS, com as associações setoriais e outros operadores de relevo no cenário nacional, decidimos formar uma Coalizão alargada para produzir uma recomendação que apoie o Governo na proposta de redução de emissões do setor dos transportes nacional, com benefícios para toda a sociedade brasileira”, afirma Miguel Setas, CEO do Grupo CCR, que, no Piauí, administra o Aeroporto de Teresina.

“Construir as alternativas necessárias para a descarbonização do transporte é tarefa que somente pode ser cumprida com aliança e cooperação entre governos, empresas, terceiro setor e academia. A junção de esforços é o único caminho para o transporte executar sua transição energética. O Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Centro de Estudos de Cidades do Insper coordena, com o Grupo CCR e o CEBDS, a Coalizão exatamente porque acredita que o consórcio da ciência com o setor privado e público pode ser decisivo para um transporte sustentável, seguro e inclusivo”, salienta o Coordenador do Observatório, Sérgio Avelleda.

Governança da Coalizão

A Coalizão de transportes é organizada em seis subsetores da cadeia de transportes nacional: infraestrutura e interseccionalidade, mobilidade urbana, transporte rodoviário, transporte ferroviário, transporte aéreo e segmento portuário e de cabotagem. Cada subgrupo conta com a liderança de uma ou duas associações setoriais e a participação de outras entidades, organizações civis e empresas privadas. O MoveInfra e a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) lideram o subgrupo de infraestrutura e interseccionalidade. Já o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável e a ANPTrilhos coordenam o de mobilidade urbana.

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) comanda o de transporte rodoviário. A ANTF lidera o grupo de transporte ferroviário. A ABR coordena o grupo de transporte aéreo. E as associações ABAC, ABANI, ABTP e ATP lideram o grupo de trabalho do segmento portuário. Empresas como Siemens Energy, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Scania, Rumo, Santos-Brasil, Hidrovias do Brasil e Ultracargo, entre outras, já confirmaram participação. A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) integra o Conselho Consultivo da Coalizão.

Para garantir o alinhamento entre os stakeholders, a Coalizão possui um comitê executivo e um conselho consultivo, integrado pelas associações que lideram os subgrupos de trabalho. O objetivo deste modelo é garantir discussões inclusivas e abranger todos os segmentos da cadeia produtiva de transportes, viabilizando o engajamento das partes e o consenso entre as propostas.

Próximos passos
Uma vez estruturada, a Coalizão passa à fase de realização de workshops e reuniões técnicas para aprofundar as discussões e desenvolver as recomendações que contribuirão para o Plano Clima. O documento final, resultante desses encontros, deve ser apresentado no primeiro trimestre do próximo ano. Nele, deverão constar desafios, dados e as propostas que possam contribuir para a descarbonização do setor de transportes.

Ao mesmo tempo, a iniciativa se prepara para apresentar seus resultados na COP30, em Belém, em novembro de 2025, buscando colocar o Brasil na vanguarda das discussões globais sobre a descarbonização do setor de transportes.