Unicef: mundo vive maior retrocesso na vacinação infantil em 30 anos

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Governo do Piauí

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), uma em cada cinco crianças em todo o mundo não recebeu nenhuma vacina ou não completou o esquema de doses necessário para ficar completamente imunizada contra doenças passíveis de prevenção. 

Mundo vive maior retrocesso na vacinação infantil em 30 anos, diz Unicef (Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil)

Isso inclui uma em cada cinco crianças que não foi vacinada contra o sarampo e sete em cada oito meninas elegíveis para a vacinação contra o HPV que não receberam a dose, que protege contra o câncer do colo do útero.

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O Unicef alerta que o planeta vive o maior retrocesso contínuo na imunização infantil em 30 anos, alimentado pela pandemia de covid-19. Os sistemas de saúde estão sobrecarregados, há falta de recursos e mudanças na percepção sobre a importância das vacinas. 

O relatório Situação Mundial da Infância 2023: Para cada criança, vacinação, divulgado pelo Unicef, aponta que 67 milhões de crianças perderam por completo ou parcialmente a chamada imunização de rotina no período entre 2019 a 2021.

O relatório destaca ainda que as coberturas vacinais caíram em 112 países, e as crianças que não estão recebendo vacinas vivem nas comunidades mais pobres, remotas e vulneráveis. 

O Unicef pede que governos do mundo todo fortaleçam a demanda por vacinas, construindo confiança entre a população, priorizem o financiamento de serviços de imunização e atenção primária à saúde e reforcem seus sistemas de saúde, incluindo investimento e valorização de profissionais de saúde.

Para retomar as coberturas vacinais, o Unicef classifica como vital fortalecer a atenção primária e fornecer recursos e apoio aos trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente. Além disso, é necessário identificar e alcançar todas as crianças, sobretudo as que perderam a vacinação durante a pandemia de covid-19. 

As mulheres estão na linha de frente da distribuição de vacinas, mas recebem baixos salários, têm empregos informais e enfrentam falta de treinamento formal, oportunidades de carreira, além de ameaças à sua segurança, destaca a entidade.

Fonte: Agência Brasil