
Nesse domingo (09/04), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobrevoou áreas inundadas na região de Trizidela do Vale e Pedreira e visitou um abrigo em Bacabal, municípios do Maranhã afetados por chuvas intensas.

Em coletiva de imprensa no Aeroporto Regional de Bacabal, ao lado do de ministros e do governador do Maranhão, Carlos Brandão, Lula disse que é preciso “tentar convencer” os moradores das regiões de que não é possível construir novas casas nos mesmo locais atingidos por enchentes.

“Está aqui o ministro das Cidades [Jader Filho] me ouvindo. Nos projetos de construção de novas casas precisamos convencer as pessoas que não é possível construir uma casa no lugar que a gente sabe que vai dar enchente”, pontuou Lula.
Lula também lembrou de quando visitou Bacabal em 2009 quando também havia uma ceia no mesmo local.
“Em 2009 eu vim aqui em Bacabal numa cheia, a Roseana [Sarney] era governadora e eu estive aqui no mesmo rio, na mesma enchente. É uma demonstração de que quando moramos perto do rio não tem jeito não, vai sofrer enchente quando a chuva for demais”, destacou o presidente. A visita também foi acompanhada dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta e de parlamentares maranhenses e prefeitos de cidades atingidas.
Lula também disse que sua viagem ao Maranhão foi uma visita de conforto às pessoas que estão passando necessidade e lembrou ter passado pela mesma situação ao ter morado em bairros que enchiam d’água.
“Vim para fazer aquela visita de conforto às pessoas que estão passando necessidade. Eu já morei em bairros que enchiam d’água e não era pouco. E a gente ficava disputando espaço com barata e rato e a chuva ia embora e tinha que ficar tirando lama com sanguessuga pegando nas canelas. Eu sei o que esse povo passa, deixar suas casas, seus móveis, às vezes não tem tempo de tirar, perde tudo o que tem, perdem geladeira, fogão, cama, colchão”, lamentou Lula.
A visita também foi acompanhada dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta e de parlamentares maranhenses e prefeitos de cidades atingidas.
O presidente viaja para a China nesta terça-feira (11/04), mas disse que não poderia ir a outro país sem visitar os estados que estão sofrendo com as enchentes. Lula também citou o Ceará, onde 19 municípios decretaram situação de emergência e um decretou calamidade pública.
No Maranhão, mais de 7,5 mil famílias estão desabrigadas e 35 mil afetadas pelas inundações nos 64 municípios do estado em situação de emergência. Desse total, o governo federal fez a homologação de 53.
Com o reconhecimento da situação de emergência ou de calamidade pública, que é um caso mais grave, os municípios afetados podem receber verbas federais por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Na semana passada, um decreto de emergência do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, repassou o valor de R$ 3,8 milhões para ajuda aos municípios. Até o momento, o Governo Federal aprovou mais de R$ 12 milhões para auxílio. Lula comentou que todo auxílio tem ajudado às famílias.
“As pessoas pedem colchão, as pessoas pedem botijão de gás, as pessoas pedem qualquer coisa para dar um certo conforto, coisa que o governo pode fazer. Essa junção entre o governo federal, governo estadual e os governos municipais é obrigatória”, disse o presidente.