Naufrágio na Tunísia deixa ao menos quatro mortos; 23 pessoas estão desaparecidas

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Governo do Piauí

Dois barcos de imigrantes afundaram na Tunísia no sábado (08), deixando ao menos quatro mortos e 23 desaparecidos, enquanto tentavam chegar à Itália através do Mediterrâneo. A guarda costeira tunisiana resgatou outras 53 pessoas em Sfax, cidade no sul do país. A Tunísia tem visto um aumento no número de barcos de migrantes, que a utilizam como ponto de partida para fugir de conflitos e pobreza na África e no Oriente Médio, em busca de uma vida melhor na Europa.

Número de imigrantes que tentam cruzar o Mediterrâneo rumo à Europa continua crescendo
Vincenzo Circosta/Anadolu Agency via Getty Images


A Guarda Nacional relatou que mais de 14 mil migrantes, em sua maioria africanos subsaarianos, foram interceptados ou resgatados nos primeiros três meses do ano, cinco vezes mais do que no mesmo período de 2020.

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A Itália tem se mostrado preocupada com o aumento do número de migrantes e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou na sexta-feira que a Europa corre o risco de ver uma enorme onda de migrantes chegando às suas costas caso a estabilidade financeira da Tunísia não seja preservada. Meloni pediu ao FMI e a outros países que ajudem a Tunísia rapidamente a evitar o colapso.

O ministro das Relações Exteriores da Tunísia, Nabil Ammar, também afirmou na semana passada que o país necessita de financiamento e equipamentos para proteger melhor suas fronteiras. A Tunísia já recebeu equipamentos da Itália nos últimos anos, mas o ministro afirmou que estes estão desatualizados e insuficientes. A Tunísia tem substituído a Líbia como principal ponto de partida para os migrantes devido à repressão ao tráfico humano na Líbia, o que torna a Tunísia uma opção mais acessível. Nas últimas semanas, diversos acidentes de afogamento ocorreram na costa tunisiana, resultando em dezenas de mortes e desaparecidos.

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