Nesta quarta-feira (5), o preço do petróleo teve um fechamento misto em meio a um dólar forte no exterior e à análise de dados dos Estados Unidos sobre estoques da commodity, mercado de trabalho e atividade econômica. O petróleo WTI para maio caiu 0,12% (US$ 0,10) a US$ 80,61 o barril, enquanto o Brent para junho teve alta de 0,06% (US$ 0,05), chegando a US$ 84,99 o barril. Os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram acima do esperado, assim como os de gasolina e destilados, o que também influenciou a movimentação dos preços.
27/03/2023REUTERS/Agustin Marcarian/Archivo
Os investidores também estiveram atentos aos dados dos PMIs dos EUA, Europa e Japão, que apresentaram expansão da atividade no setor de serviços em março. Além disso, a Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou relatório prevendo que a expansão do comércio global irá desacelerar em 2023, apontando riscos futuros como tensões geopolíticas e efeitos adversos do aperto monetário de bancos centrais.
A consultoria Capital Economics elevou sua previsão para o barril do Brent neste ano de US$ 85 para US$ 90, apontando que, no curto prazo, o crescimento fraco das economias avançadas deve pesar sobre os preços do petróleo. No entanto, a Opep+ pode apoiar os preços a longo prazo com seus cortes na produção. Já em 2024, a Capital ampliou sua projeção de US$ 75 para US$ 80.
De acordo com a Oanda, o único ponto evidente neste momento é que a Opep+ não irá aceitar preços do Brent abaixo de US$ 80 o barril. A análise afirma que isso pode tornar qualquer incursão futura abaixo deste nível desafiadora, já que o grupo mostrou que não apenas cortará a produção, mas o fará sem aviso prévio.