Israel realizou uma série de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza na noite de quinta-feira, 6 de abril, em retaliação a um foguete disparado a partir do território palestino em direção ao sul de Israel. Segundo o Exército israelense, o foguete foi interceptado pelo sistema de defesa Iron Dome antes de atingir o solo. Não houve relatos de danos ou ferimentos do lado israelense.
Os ataques aéreos foram realizados por aviões de combate, helicópteros de ataque e drones, que atingiram alvos militantes do Hamas, incluindo um túnel subterrâneo usado para contrabando e armazenamento de armas, bem como uma fábrica de foguetes. Autoridades de saúde palestinas disseram que pelo menos três pessoas ficaram feridas nos ataques.
O ataque israelense ocorre em meio a um aumento da violência na região, com confrontos frequentes entre palestinos e israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Em Gaza, o Hamas, grupo islâmico que governa o território, realiza regularmente lançamentos de foguetes em direção a Israel, com o objetivo de pressionar o país a aliviar o bloqueio que impõe à região desde 2007.
O conflito entre Israel e Gaza já dura décadas, com períodos de intensa violência e tréguas temporárias. Desde 2007, quando o Hamas tomou o controle de Gaza, Israel e Egito impuseram bloqueios terrestres, aéreos e marítimos à região, com o objetivo de impedir o contrabando de armas e materiais que possam ser usados para construir foguetes e túneis.
Os ataques de quinta-feira marcam o primeiro grande confronto desde o início da pandemia de Covid-19, que afetou significativamente a capacidade de militantes palestinos realizarem ataques contra Israel. O aumento da violência na região preocupa a comunidade internacional, que teme uma escalada ainda maior do conflito.
A situação na região já foi abordada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que pediu a Israel que evite ações que possam agravar a violência, e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu calma e moderação a todas as partes envolvidas no conflito. No entanto, até o momento, nenhum dos lados parece estar disposto a ceder, o que torna incerta a perspectiva de um fim imediato da violência na região.